PROJETO BENEFICIA CRIANÇAS CARENTES DA PERIFERIA DE OURO PRETO

Proporcionar um sorriso saudável às crianças de baixa renda de Ouro Preto: esse foi o estímulo do cirurgião-dentista Aluísio Drummond, que criou o Projeto Sorria – um trabalho voluntário com mais de 34 anos de existência.   

Captura de tela inteira 09052012 141826.bmpAo perceber que não havia serviço odontológico público e gratuito na cidade histórica, o dentista Aluísio Drummond decidiu criar Fundação Sorria. A decisão ocorreu em 1978, quando ele era professor do curso de Odontologia da PUC Minas. Assim o voluntário iniciou o trabalho nas regiões mais carentes de Ouro Preto.

Aos 65 anos de idade, Drummond está com perspectiva de ampliar o projeto para todo o estado. O Projeto Sorria arrecada cerca de R$ 100 mil por mês, mas sempre ficando no vermelho, já que parte dos custos é para o pagamento de funcionários e manutenção de equipamentos. A fundação já atendeu deste a sua inauguração, mais de 20 mil crianças, da região de Ouro Preto e distritos próximos. “Toda criança precisa ter uma face bonita. E o sorriso é o principal para que isso aconteça. Este é o motivo do meu trabalho”, afirma o dentista.

O dentista e ator têm dois filhos, e gosta de passear nos fins de semanas e fazer caminhadas. Já que, segundo ele, o trabalho é suado, e tem que haver muita disposição e saúde para dar continuidade ao projeto.

Nos últimos anos, optou por fazer trabalhos em outras áreas. O dentista, que foi repórter do jornal Estado de Minas de 1967 a1972, há quatro anos resolveu explorar o lado artístico. Para ele, a opção pelo teatro foi uma das formas para arrecadar fundos para a instituição. “Não é apenas pela paixão que tenho pelo teatro, mas o amor pelo belo sorriso que toda criança deve ter, me faz acreditar no projeto”.

fundação conta com 45 funcionários e recebe ajuda da prefeitura de Ouro Preto, de mineradoras, paróquias, da sociedade civil, de associações de bairro, artistas plásticos e até de artistas da MPB. Os artistas sempre ajudaram a Fundação, realizando shows beneficentes ou vendendo quadros. É com a venda de obras de arte que há quatro anos acontece o Leilão Beneficente de Arte no Teatro Alterosa. O valor arrecadado é revertido para a Fundação.

No começo do projeto, Drummond passou algumas dificuldades, principalmente pela falta de incentivo. Mesmo com muitos obstáculos, o cirurgião conseguiu ir em frente com a Fundação.

O apoio dos empresários da região só começou em 1990, quase 12 anos depois da inauguração. O dentista reconhece a ajuda de empresários e das comunidades de Ouro Preto. Foi assim que, em 1991, ele conseguiu inaugurar a primeira unidade de atendimento do Projeto Sorria, no bairro Santa Efigênia, Ouro Preto.

Atualmente a Fundação tem 12 unidades de atendimento: seis estão na periferia, uma na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), uma de atendimento móvel instalada na Santa Casa de Ouro Preto e quatro em distritos da região.